A marginalidade rega minha genialidade,a loucura me procura e dela brota poesia negra com matizes acinzentados,palavras que buscam altares de deuses sombrios me levam acorrentado ao encontro dos chamados da floresta, de lá posso observar as labaredas dançantes que nascem do solo fértil da terra, úmida de súplicas por ela mesma.Paro um momento e espero pelo vento que eleva meu espírito para longe da realidade concreta,agora sou quem mais me faço, um ser etéreo e desconectado,levado pela inspiração de um vulcão ativo,sou sugado pela terra para retornar como um pássaro.
Escrevi isto em homenagem a um grande amigo, alguém que nunca conheci, mas compreendi com toda a minha alma. Quem não teve o impulso de um dia largar a suposta sensação de segurança e correr mundo? . “Os anseios que me afligem de transplantar horizontes” diria Caetano Braum.Não estou falando de tirar fotografias em prédios e monumentos antigos e depois se vangloriar para amigos patéticos. Refiro-me à viagem que todo homem e mulher deveria fazer na vida, a jornada espiritual, sair em busca de nada, porém a espera de tudo! Quem de nós ainda atende o “chamado da floresta?” Chris McCandless atendeu! Um pequeno resumo do livro “Na Natureza Selvagem” que me inspirou a escrever “O vulcão adormecido”: “Um jovem de uma família rica americana que resolve largar todo seu conforto, rasgar seu brilhante diploma universitário, abrir mão de sua fortuna, para partir em busca de sua verdadeira essência: sair pelo mundo em busca de novos desafios e lugares desconhecidos. Depois de mudar até de nome, Chris desaparece pelas estradas do país e somente dois anos e muitas aventuras depois, é encontrado morto, sozinho, dentro de um ônibus abandonado em um lugar totalmente inóspito no estado do Alasca”.
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