sexta-feira, 10 de agosto de 2007

O Rei de mim


O que queres tu, ó triste rei sem súditos?
Porque não abandonas teu trono imaginário?
Os pinheiros são mais imponentes que toda
tua corte e nunca te reverenciarão;
o inverno não te inveja, tampouco te pede
raios de sol.
Por que não te curvas e espera
que tua coroa caia como as folhas do outono!?
Triste homem és tu, esmorecendo diante dos dias,
em busca do espírito guerreiro que deixaste em
um reino distante.
Observo o crepúsculo rubro que zomba
de minha pretensão mortal de alcançar
permanência. O mar me fita com olhos
ameaçadores sobre vagas dançantes.
O rei de mim é o usurpador do trono de minha alma.
Ele veio ao mundo como uma sombra que atormenta
as cabeças coroadas. Todas as batalhas externas
serão em vão, pois o rei de mim hei de ser eu mesmo!

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