quarta-feira, 14 de maio de 2008

O viajante


Podemos viajar por todo o mundo em busca do que é belo, mas se já não o trouxermos conosco, nunca o encontraremos.

Ralph Waldo Emerson




Me identifico com o viajante e não com o turista, me parece que o primeiro busca algo que ele não sabe definir, é um perdido atrás de pessoas e momentos que se identifiquem com ele, sai em busca do nada mas a espera de tudo! Enquanto o segundo busca um rastro de imagens que reafirma a importância que ele julga ter perante os outros. O turista se decepciona porque a expectativa não se ajusta a realidade, ele carrega consigo a frieza e o silêncio de monumentos mortos registrados em imagens por obrigação e vaidade. Ele esteve lá mas não trouxe nada de significativo, somente fotos e quinquilharias. O viajante sempre retorna mais "rico", pois já partiu cheio de nada, é um observador de si mesmo perante as situações cambiantes , reconhece o humano por onde passa, porque este não tem cultura e desconhece fronteiras. Ao perder a identidade o viajante fortalece a si próprio, seu "estado bruto" encontrará beleza porque dela já esta trasbordante!

Um comentário:

david santos disse...

Olá, Lutero!
Não tenho muito a dizer acerca deste teu texto: 100% de acordo.
Parabéns.