terça-feira, 30 de outubro de 2007

Payada - Jayme Caetano Braun


...Se a História não os condena, a mancha nunca se apaga!A opressão jamais indaga na sua ambição mesquinha.Era meu tudo o que tinha, era meu tudo o que havia,e eu morri porque dizia que aquela terra era minha


Mas o eterno não morre, porque permaneço vivo...No lampejo primitivo de cada fato que ocorre o meu sangue rubro corre na velha raça gaudéria, corcoveando em cada artéria pela miscigenação, na bárbara transfusão com os andarengos da Ibéria...


Fui sempre aquilo que sou, sou sempre aquilo que fui, porque a vida não dilui o que a mãe terra gerou...Sou o brasedo que ficou e aceso permaneceu, sou o gaúcho que cresceu junto aos fortins de combate e já estava tomando mate quando a pátria amanheceu!


E assim, crescendo ao relento, criado longe do pai, junto ao mar doce - o Uruguai -, o rio do meu nascimento, soldado sem regimento no quartel da imensidade...Um dia me deu vontade, deixei crescer toda a crina e me amasiei com uma china que chamei de Liberdade!



Esta é uma parte do poema PAYADA de JAYME CAETANO BRAUN o maior poeta que o Rio Grande do Sul conheceu, este poema fala da formação do fronteiro, o GAÚCHO autêntico que sofreu com as invasões e guerras mas que " aceso permaneceu"!

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